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O vice-presidente executivo mundial da área de manufatura do Grupo Fiat Chrysler, Steffan Ketter, informou que os trabalhos de construção da primeira unidade da indústria no Nordeste já avançaram 75% e que após o mês de março do próximo ano a empresa colocará no mercado o primeiro automóvel fabricado em Pernambuco.

A partir de 2015, serão produzidas 200 mil unidades anuais, inicialmente destinadas ao mercado interno. O modelo, no entanto, ainda é um segredo guardado a sete chaves. A empresa quer ampliar as fatias de participação no mercado, que chega a 26% no Nordeste e a 22,5% no país.

A fábrica vem sendo implantada no município de Goiana, na Zona da Mata Norte, região tradicionalmente ocupada pela agroindústria açucareira, e onde estão sendo investidos R$ 7 bilhões na implantação do polo automotivo, que gerará um total de sete mil empregos, sendo que três mil na própria indústria e 4 mil no parque de fornecedores. Os números foram anunciados pelo executivo. Ele garantiu que os carros fabricados no estado terão índice de nacionalização de 80%, dos quais 40% serão produzidos em Pernambuco.

Dos R$ 7 bilhões que vêm sendo investidos pela Fiat, R$ 2 milhões vêm sendo destinados aos galpões que formarão o parque de fornecedores, constituído por 16 empresas, entre elas a Magnetti Marelli, a Lear, a Adler, Pirelli, Saint Gobain e Pmc. Elas ocuparão 270 mil metros quadrados, à margem da BR 101, onde serão produzidas 17 linhas estratégicas de componentes. De acordo com Ketter, as obras do parque estão no cronograma, com 20 por cento construídos. Já a fábrica propriamente dita, por sua vez ocupará 260 mil metros quadrados. “Teremos uma das fábricas mais modernas do mundo, e nela estamos colocando as melhores práticas mundiais”, disse ele.

O executivo não quis fazer comentários sobre a redução da produção e cortes de pessoal nas montadoras. “Os investimentos são a prova do valor estratégico que atribuímos ao Brasil. É importante lembrarmos que os investimentos não podem ser feitos com visão de longo prazo. Somos líderes nesse país e confirmamos nossa intenção de investir, e ir em frente. Tanto que exportar, de início, não será obrigatório para nós”, destacou.


A montadora, no entanto, tem capacidade instalada para produzir 250 mil veículos por ano. Segundo Ketter — que é responsável pela implantação do projeto em Goiana — a empresa pretende aproveitar ao máximo mão de obra local. O diretor de Recursos Humanos do projeto da Fiat em Pernambuco, Adauto Duarte, informou que, somando a construção e o funcionamento da indústria, o percentual de trabalhadores nordestinos chega a 93%, dos quais 70% são pernambucanos. Eles vêm recebendo treinamento, inclusive no exterior, onde 200 vêm sendo qualificados atualmente na Europa e Estados Unidos.

Fonte: DiárioPE

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