Ouve-se na terra um grito, de um povo um grande clamor, “Senhor abre os Céus, que as nuvens chovam o Salvador”.
A frase acima citada é de uns belos cânticos litúrgicos da Igreja Católica, onde é cantado sempre no tempo dentro da liturgia do Tempo do Advento, em preparação para o Natal do Senhor Jesus.
A Igreja celebra os mistérios da revelação divina organizadamente para que melhor compreendamos e vivamos estes mistérios. Divide-se em um circulo de três anos litúrgicos, A, B e C, dos quais dentro de cada um celebrados os seus respectivos Tempos, são: Tempo do Advento, Tempo do Natal, Tempo Comum, Tempo da Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo Pascal.
O ano da igreja não coincide com o ano civil que vai de 01 de janeiro á 31 de dezembro, o ano na Igreja se encerra com a festa de Cristo Rei do Universo, e se inicia quatro semanas antes do Natal do Senhor, é daí que começa o Tempo do Advento, que iremos conhecer um pouco a respeito.
Advento: do latim – Adventus, ou seja: Chegada, vinda. É a partir deste tempo que começamos a nos preparar para a Parusia (Presença) de Jesus, tanto na linha escatológica (Segunda e definitiva vinda de Jesus), quanto na linha natalina (Nascimento do menino Deus).
O tema que o tempo do advento faz memória é o mesmo que ressoava desde os tempos de outrora na Igreja primitiva, o Marana-tha (Vem Senhor). É um tempo curto, o mais curto da Igreja, composto de apenas quatro semanas, porém, é um tempo forte e favorável para que vivamos com fervor com a comunidade do povo de Deus reunido. É onde nos preparamos para recebermos Jesus que nasce.
Podem até questionar, mas Jesus não já nasceu? Sim, nasceu! Mas, a Igreja com sua Santa Sabedoria nos convida que façamos nossa vida um eterno Advento e um eterno Natal. Que esperemos Jesus a cada dia, e que o façamos nascer diariamente, em nossa vida e na vida dos que nos rodeiam, por meio de nosso testemunho de verdadeiros cristãos, cujo Deus esperamos e nasce sempre em nós.
Não é simplesmente um ritualismo, uma lembrança e/ou uma repetição, mas é uma atualização dos mistérios de Deus, pois a Palavra de Deus é viva e nova. Quando Jesus diz, “Fazei isto em minha memória”, Ele não está pedindo meramente que lembremos, mas sim que revivamos, e que façamos de fato acontecer e que o façamos presença em nosso meio.
Que o Deus da Esperança que nunca decepciona, faça cada dia mais arder em nosso coração o desejo de Jesus, e assim esperando Ele nasça verdadeiramente em nosso coração, em nossa casa e em nossa comunidade.
Um Santo Advento a todos!
Rafael Cristiano
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