Este ano, começaram a ser
inauguradas no Nordeste cinco indústrias de painéis fotovotaicos para geração
de energia solar que totalizam investimentos de R$ 651 milhões. A indústria Pure Energy já foi inaugurada em Alagoas em fevereiro
último. A próxima será a S4
Solar, que começa a operar no próximo mês em Pernambuco, seguida pela Sunlight Energy Brasil, que abre suas portas em
setembro no Ceará. Já a chinesa Chint Eletrics, no Rio Grande do Norte, e a Globo Brasil, na
Bahia, devem ser inauguradas em 2018.
Esses investimentos são reflexo
do potencial do mercado de energia solar no Brasil que não para de crescer
mesmo em meio à crise política e econômica no País. Este ano, por exemplo, o
número de sistemas instalados para produção de energia solar distribuída de
pequeno porte em indústrias, estabelecimentos comerciais e residências cresceu
de 7.600 no início de janeiro para 9.000 em maio de acordo com os dados
divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Ainda segundo a entidade, esse
número deve praticamente duplicar até o final do ano, chegando a cerca de
18.000 sistemas. Nesse ritmo, a Aneel estima que, em 2024, mais de 1,2 milhão
de unidades consumidoras deverão estar produzindo a sua própria energia.
A explicação para isso, segundo o
presidente da Associação Pernambucana de Energia Solar, Vagner Couto, é o
conjunção de três fatores: a redução dos preços devido ao aumento da escala de
produção dos equipamentos de geração, a ampliação das linhas de financiamento e
o aumento do valor das contas de energia que levam os consumidores a buscar
alternativas mais baratas.
Essa perspectiva de crescimento é
ainda mais forte no Nordeste, onde são registrados maiores períodos de
isolação, o que possibilita um retorno do investimento em quatro anos, enquanto
que, em outras regiões, esse prazo pode chegar a 12 anos.
O crescimento do mercado de
energia solar traz uma infinidade de oportunidades tanto para os fornecedores
de equipamentos de geração, quanto para os consumidores potenciais, que veem na
tecnologia uma alternativa para reduzir seus custos.
Atento a isso, o Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco
(Simmepe) está abrindo espaço para o setor de energia solar na Fimmepe –
Mecânica Nordeste, feira industrial que será realizada de 24 a 27 de outubro no
Centro de Convenções de Pernambuco em sua 23º Edição. A estratégia é unir os
interesses tanto de fornecedores quanto de compradores.
Para isso, o Sindicato está
atraindo para o pavilhão de exposições indústrias e distribuidores de sistemas
e equipamentos para geração de energia nas indústrias. Na outra ponta,
desenvolverá, durante a feira, projetos como a Ilha de Eficiência Energética,
área montada no pavilhão de exposições onde serão apresentados projetos no
segmento de energia renovável e soluções para a otimização do uso dos recursos
energéticos como forma de redução de custos.
“Com essas ações, nós colocamos
os expositores do segmento de energia renovável em contato com um público
qualificado formado por potenciais compradores em busca de soluções
alternativas para sua indústria”, afirma Tatiana Meneses, diretora da Insight
Feiras e Negócios, empresa organizadora do evento.
Segundo Sebastião Pontes,
presidente do Simmepe, a energia elétrica é o principal insumo utilizado na
produção do setor industrial. “Nos últimos anos, o custo desse insumo no Brasil
cresceu muito, impactando negativamente a competitividade. Em razão disso,
entendemos que o estímulo à busca de fontes alternativas é fundamental para a
sobrevivência das empresas”, afirma.
Assessoria
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