A Praça Maria Camarão foi o
palco de apresentação do documentário Heroínas de Tejucupapo “Contando a Nossa
História”, no último sábado (14) em Tejucupapo – Goiana, Mata Norte de
Pernambuco.
O filme foi feito Baseado na
História das Heroínas de Tejucupapo, que faz parte da história de Pernambuco e do Brasil,
idealizado pelo Jovem Dhyogo Rodrigues, Luzia Maria da silva, Blog do Álvaro
Mello e apoio na edição do Jovem Edilson Guilherme, diversas pessoas foram
conferir o documentário que foi um sucesso.
De acordo com a dona Luzia o
documentário teve como objetivo resgatar a identidade do povo de Tejucupapo,
mostrando a realidade de antes e a de agora e também para reforçar que o nosso
teatro não pode acabar porque foi través dele que Tejucupapo ficou conhecida mundialmente,
Comenta.
Diversas autoridades marcaram presença no evento, que contou ainda com o apoio da Secretaria de Ação Social de Goiana sobe o comando da secretária Rita Medeiros.
História
Tejucupapo é um pequeno vilarejo
situado próximo às praias de Ponta de Pedras e Catuama, no litoral norte do
estado de Pernambuco, distante cerca de 60km da cidade de Recife. Em 1646 ele
possuía apenas uma rua larga, quase uma praça, ladeada por casas simples,
destacando-se ao final dela a Igreja de São Lourenço de Tejucupapo, de
arquitetura jesuítica, como acontecia com as igrejas erguidas no início da
colonização. Mesmo não se conhecendo com exatidão a data real de sua
construção, os indícios existentes remontam a meados do século 16, sabendo-se,
com segurança, que em 1630 ela já existia.
Naquele ano os
holandeses já haviam praticamente perdido o domínio que durante algum tempo
mantiveram sobre quase todo o território pernambucano, e como se encontravam
cercados e necessitando desesperadamente de alimentos, cerca de 600 deles,
saídos por mar do forte Orange, na ilha de Itamaracá, sob o comandado do
almirante Lichthant, tentaram ocupar Tejucupapo, onde esperavam encontrar a
farinha de mandioca e o cajú que as circunstâncias do momento haviam
transformado em produtos pelo qual valia a pena arriscar-se em combate. Segundo
os historiadores, eles escolheram justamente o domingo para realizar a
investida, porque era nesse dia que os homens do vilarejo costumavam ir ao
Recife, a cavalo, para vender nas feiras da capital os produtos da pesca. Sendo
assim, a localidade estaria menos protegida, acreditavam os holandeses.
Mas foram frustrados
em sua intenção porque, segundo alguns relatos, a informação de que se
aproximavam iniciou a reação da pequena e valente população local, que tendo à
frente quatro mulheres - Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina
- lutou bravamente contra os invasores, enquanto os poucos homens que haviam
permanecido na localidade ocupavam-se em emboscar os assaltantes, atacando-os à
bala e não lhes dando sossego. Os registros informam que elas ferveram água em
tachos e panelas de barro, acrescentaram pimenta, e escondidas nas trincheiras
que haviam cavado, atacavam os holandeses com a mistura jamais esperada por
eles. Seus olhos eram os principais alvos, e a surpresa o melhor ataque. Como
saldo da escaramuça, mais de 300 cadáveres ficaram espalhados pelo vilarejo,
sobretudo flamengos. A batalha durou horas, mas naquele 24 de abril de 1646 as
mulheres guerreiras do Tejucupapo saíram vitoriosas.
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