Atualmente, Goiana faz parte da Zona da Mata
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A proposta que torna Goiana a 15a cidade da Região Metropolitana do
Recife (RMR) foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em
uma primeira votação, na tarde desta segunda-feira (18). O texto de autoria do
deputado Ricardo Costa (PMDB) foi aprovado por 27 votos a quatro, mas ainda
precisará passar por uma segunda votação antes de ir a sanção do governador
Paulo Câmara(PSB).
"Goiana vai começar a pensar como metrópole, algo que ela queria,
mas que por uma impossibilidade legal, não tinha como assim proceder. Isso já
vem com certo atraso. Ela não tem condições de sozinha dar respostas mais
velozes aos grandes investimentos que foram feitos na cidade. Com essa
integração à Metrópole, as políticas públicas necessárias ao desenvolvimento
econômico e crescimento social da população serão ainda mais
céleres", defendeu Ricardo.
No plenário, a proposta enfrentou resistências de quem temia que a
entrada de Goiana na RMR teria efeito sobre a concessão de benefícios fiscais.
Empresas que se instalam em municípios mais distantes da Grande Recife ganham
vantagens do Estado; o que ajudou a levar a fábrica da Jeep para Goiana. Apesar
de liberar a votação da bancada e garantir que falava por conta própria, o
líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), se posicionou publicamente
contrário à medida. Foi a primeira vez que uma posição defendida por Isaltino
não prevaleceu no plenário da Casa.
A deputada Terezinha Nunes (PSDB) também disse temer que a entrada de
Goiana na RMR tenha impacto sobre as tarifas de ônibus do sistema do Grande
Recife.
Segundo Ricardo Costa, a questão dos benefícios fiscais não terá impacto
maior na atração de empreendimentos para Goiana porque o governo federal
trabalha para acabar com a guerra fiscal na concessão de benefícios e porque a
RMR continua podendo oferecer vantagens às empresas que se instalam nela, ainda
que menores. O peemedebista articulou a aprovação compartilhando com os colegas
uma carta em que o prefeito do município, Eduardo Carneiro, pede a entrada da
cidade na Grande Recife.
Conselho da RMR
Com votos
contados, o governo conseguiu aprovar o modelo do conselho deliberativo que vai
gerir temas metropolitanos. Como previsto na proposta do governador Paulo Câmara,
o Estado terá direito a 40% dos votos e a Prefeitura do Recife a 19%. Os pesos
de cada ente são calculados a partir da população e do PIB per capita dos
municípios. "Paulo e Geraldo (Julio, prefeito do Recife) resolvem os dois
sentados à mesa e não precisam nem ouvir os outros prefeitos", se queixou
o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB).
Embora sem o
voto da oposição, o líder do governo, Isaltino Nascimento, conseguiu colocar em
plenário os 25 votos favoráveis à proposta. Também foram rejeitadas as emendas
que pediam a alteração do peso de cada cidade nas decisões, apresentadas por
André Ferreira (PSC); irmão do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson
Ferreira (PR).
JC Online
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