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Instituto IMPERIAL !

O 4º do Brasil !

O 2º de Pernambuco !

O 1º entre os 5.570 municípios do nosso país .

Era 08 de setembro de 1870 quando o INSTITUTO HISTÓRICO DE GOIANA, naquela época assim nomeado,  foi fundado.

Seu idealizador ?
Um português chamado 
Francisco Manoel Raposo d’Almeida. Corajoso, intelectual, empreendedor na área de Comunicação, idealista e amante da História.

À ele nossa eterna gratidão !
Estávamos no Império, quatorze anos após a pandemia da cólera morbos.
Dezoito anos antes da Abolição da Escravatura !
Dezenove anos antes da Proclamação da República.

Goiana era uma cidade próspera ! Agitada  e recheada de preconceitos de nacionalidade .
Diz Otávio Pinto em seu livro Velhas Histórias de Goiana que “ Assim, em todas as Províncias , por todo o Brasil, reinava essa adversidade entre brasileiros e portugueses , que vez por outra se digladiavam como rancorosos inimigos.”

O escritor Paulo Cavalcanti nos fala sobre Goiana daquele tempo !
Goiana era o maior centro comercial da Província, depois do Recife rivalizando com ela no sortimento de muitos artigos.

Rebelde contra os portugueses pois os goianenses não queriam que ali eles comercializassem.
Esteio de Pernambuco com sua lavoura de cana, era tempo que os senhores de engenho entravam na cidade com seus pagens , em seus cavalos exibindo os seus privilégios.

Os trabalhadores pretos nesse tempo construíam as riquezas inteiras de gerações de proprietários de terras. O ditado “amarelo de Goiana” vem deste tempo que o paludismo, febre amarela e anemia eram doenças provocadas pelo transbordamento dos Rios Tracunhaen e Capibaribe Mirim. O seu porto, no Rio Japomim, abria espaço para ter contato com todo o Nordeste.
Goiana era um entreposto comercial. No comércio a retalho o monopólio era lusitano e por esta razão atraia os imigrantes portugueses. Era conhecida como Porto de mar e empório da população de toda aquela fertilíssima zona.

 As festas durante o ano eram repartidas entre os senhores de engenho que queriam sempre suplantar  os gastos dos outros.

Paulo Cavalcanti diz em seu livro que
“ Dispondo de imprensa, a primeira que se instalou no interior de Pernambuco, além de agremiações culturais, como o Instituto Histórico e o Gabinete Português de Leitura, de associações musicais, como a Saboeira e a Curica - de largo prestígio entre o povo - de sociedades de beneficência, como a Santa Casa de Misericórdia, de suntuosas igrejas, além de partidos políticos organizados, Goiana dava, assim, realmente, a idéia daquele "vasto laboratório, em que fermentam as paixões populares sem intermitência, ainda que fria serenidade pareça algumas vêzes indicar enfraquecimento ou sono da grande alma pernambucana que tem aí a sua sede" .
Gilberto Freire já dizia que não se poderia falar em Pernambuco sem citar Goiana.
E continua Paulo Cavalcanti descrevendo nossa terra dizendo 
“Na Rua do Meio, entre 1868 e 1873, funcionou a tipografia do Dr. Francisco Manuel Rapôso de Almeida, portuguêses, de cujas oficinas saíram os jornais "O Ori-
ente", "O Liberal Goianense", "O Mercantil", "A Gazeta de Goiana" e "A Grinalda", além dos primeiros números da revista do Instituto Histórico.”
E acrescenta
“ Segundo depoimento oral de contemporâneos, as coleções de livros de particulares e as que se alinhavam nas estantes do Gabinete Português de Leitura de Goiana, fundado a 7 de setembro de 1870, ou nas do Gabinete de Leitura Desembargador Francisco Luís, instalado, com outro nome, a 24 de dezembro de 1876, incluíam obras de autores portuguêses, além de jornais, revistas e primeiras edições das Farpas.”

Foi,  portanto,  dentro deste contexto de apogeu e estremecimento e vivendo uma efervescência política,  econômica , intelectual e social que foi fundado nosso INSTITUTO HISTÓRICO.

Toda esta contextualização eu trouxe para apresentar,  com muito orgulho de toda a COMISSÃO, a nossa LOGOMARCA do SESQUICENTENÁRIO .

Fui buscar no nascedouro o clima do nascimento do nosso Instituto.
Agora, em tempos de pós -modernidade, #IHAGGO 150, no meio de uma pandemia, goianenses que amam a sua história aqui se reúnem para comemorar sua existência,  mesmo com percalços de ostracismo, com caminhada intermitente, atravessando as gerações, mas com a força dos seus fundadores que nos deixaram  este recado,

            “Não são as associações literárias luz para meter-se debaixo do alqueire, como a luz de que fala o evangelho, mas candieiros da claridade irradiante, que convêm por no mais alto dos postes, para alumiar o que vem das regiões conhecidas do passado, a que mysteriosamente caminham para os planos incomensuráveis do futuro.

              O Instituto Histórico de Goianna aspira, nas devidas proporções a ser luz levantada ao alto do poste; e se não servir para alumiar grande extensão da estrada, que percorre a humanidade, sirva ao menos para esclarecer as minas soterradas da história da antiga capitania de Itamaracá.
                Foi n’este pensamento que foi engendrado o Instituto Histórico de Goianna, é n’estas condições que tem vivido há já alguns meses, é n’estas aspirações que caminha para o futuro.”

Solange G. Valadares
Associada e Coordenadora da Comissão Organizadora e Executiva do Sesquicentenário.

Harlan Gadêlha Filho
Presidente do IHAGGO

Fontes:
- PINTO, Otávio - Velhas Histórias de Goiana, Casa Editora Vecchi LTDA, RJ- 1968.
- Revista do Instituto Histórico de Goianna, Tommo I, Primeira Serie, Typographia Commercial, 1870, p. 13.
- CAVALCANTI, Paulo - Agitador no Brasil, Ano 1959, CIA ED. NACIONAL - SP.

Sobre ÁLVARO MELLO

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2 comentários:

  1. O IHAGGO, tem um papel importantíssimo para a História e Conservação do Patrimônio Cultural e Histórico de Goiana.
    Parabéns pra nós ihaguiana, que lutamos, trabalhamos e nos dedidcamos por amor à nossa cidade

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  2. O IHAGGO vem publicamente agradecer a Álvaro Melo pela publicação espontânea em seu Blog da LOGOMARCA e texto do seu SESQUICENTENÁRIO.
    Aplaudimos a sua sensibilidade e profissionalismo. Sensibilidade e respeito ao trabalho que a Instituição vem desenvolvendo nestes 150 anos através de atos de resistência cultural, diante das dificuldades.
    Resistiu nos idos anos do século XIX, em seguida quando com Dr. Lauro Raposo sobreviveu por mais de 20 anos chegando a ser também protagonista das comemorações do IV CENTENÁRIO DO POVOAMENTO DE GOIANA, e como uma fênix renasceu sendo restaurado em 2015 com Harlan Gadelha Filho, seu presidente.
    Encontramos, portanto, pessoas como você que vem unir forças pela consolidação desta Instituição, só nos leva a registrar nossa gratidão.
    Obrigada ! Caminhemos !
    Solange Guimarães Valadares de Sousa. Associada, II Vice Presidente do IHAGGO, Coordenadora da Comissão Organizadora e Executiva do SESQUICENTENÁRIO.

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