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Por Rômulo Alcoforado
Goiana, sob uma ótica estritamente comercial, é hoje um imenso canteiro de obras. A cidade da zona da mata norte, a 62 km do Recife, cresce a cada dia. No momento, duas fábricas de grande porte - uma de carros, outra de vidros planos-, além de um polo farmoquímico instalam-se no municípo.Não é só isso: dois bairros planejados estão em fase de terraplanagem. Planejado, aqui, está em sentido literal: nos projetos, há hospitais, escolas, locais para lazer e moradia. Tudo de alto nível e com capacidade para, confortavelmente, dobrar a população local. Não há outra explicação: O desenvolvimento chegou, definitivamente. O crescimento é visível - e quase palpável. Para o bem e para o mal.

De acordo com Rodrigo Oliveira, presidente da Agência de Desenvolvimento de Goiana (ADG), uma autarquia municipal, o "boom" imobiliário elevou de três a quatro vezes os valores dos imóveis. "Hoje qualquer lugar vale mais de R$ 100 mil reais", diz. "Antes, uma casa que valia R$ 50 mil, hoje pode chegar a R$200 mil", completa. Se a evolução traz benefícios óbvios, também acarretas alguns desafios que a Copa do Mundo pode ajudar a superar.

Ressalve-se: o crescimento da malha urbana traz consigo inúmero perigos. O aumento da criminalidade, a explosão viária, elevação do consumo de drogas. Mazelas, enfim, que podem ser evitadas com planejamento. "Os desafios são enormes. Lá em Betim (MG), outra cidade onde tem uma fábrica de carros, por exemplo, há uma enorme favela na frente da montadora", declara o assessor de imprensa da ADG, Hélder Gadelha. "Mas isso não vai acontecer aqui, nós estamos fazendo tudo de uma maneira muito bem pensada", garante. A Copa do Mundo pode ajudar nesse sentido. Goiana, entre outros ponots positivos, tem um potencial turístico enorme. Ali estão as belas praias de Pontas de Pedra, Atapuz, além de estar próximo de outras tantas, em Pernambuco ou na Paraíba (estado com que faz fronteira). É com o dinheiro dos visitantes que os habitantes dali esperam desenvolver a cidade de maneira sustentável.

Mas há, contudo, tarefas necessárias para garantir o turismo estrangeiro. A principal delas é melhoria substancial dos serviços. "Nós percebemos uma quantidade significativa de pessoas que não estão preparadas para receber esse público que vem aí", diz José Valdir Cavalcanti, consultor do Sebrae - que vem mapeando oportunidades e ameaças para as cidades envolvidas com a Copa do Mundo. "É importante capacitar esse pessoal para lidar com os turista que vêm da Europa, dos Estados Unidos e de outros locais", completa.

Não é apenas este o único entrave. Além do serviço deficitário, há parcas opções de lazer e hospedagem na cidade. "AS opções que existem são muito poucas e sempre estão cheias. Neste último domingo (dia dos pais), por exemplo, você não tinha um restaurante para ir. Todos os poucos estavam lotados", comenta Rodrigo Oliveira. "Também não há hoteis aqui. No máximo, pequenas pousadas", aponta. Se fosse no futebol, diria-se que são necessários reforços para as posições carentes. Por se tratar de uma cidade, a expressão é diferente - mas, na verdade, significa exatamente a mesma coisa: investir no que a cidade precisa. Para ser uma equipe campeã. Ou um município bem sucedido.

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