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Ochoa foi o destaque da partida com belas defesas que evitaram a derrota mexicana. Foto:AFP
O torcedor brasileiro vai passar um bom tempo sem esquecer do goleiro Ochoa. O camisa 1 mexicano, com um penteado parecido com o de David Luiz, fez três grandes defesas e foi o responsável direto pelo 0x0 estampado no placar do Castelão, nesta terça-feira (17), em Fortaleza. O resultado deixou brasileiros e mexicanos com quatro pontos no Grupo A, com vantagem para os donos da casa pelo saldo de gols. Na próxima segunda (23), o Brasil enfrenta Camarões, pela terceira e última rodada.

O rugido do Hino Nacional no Castelão deu o tom para um time disposto a não perder uma dividida, o Brasil, lógico. O momento suave ficou para o choro copioso de Neymar. A dose certa de 'raiva' e emoção mostraram um Brasil ligado, mordendo os calcanhares dos mexicanos e disputando cada bola como se fosse a última. E é assim que se joga em Copa do Mundo. Mas os mexicanos também mostraram que não viera passear. O time de vermelho e preto dobrou a marcação nos meio-campistas brasileiros e o modelo de jogo alemão preferido por Felipão deu lugar ao tique-taque espanhol.

Era jogo de paciência. Neymar tentava arrancadas individuais e tomava falta. Algumas inversões de jogo também mostraram-se inócuas. Menos mal que os pentacampeões não deixavam o adversário jogar e a entrada de Ramires fechou o buraco no lado direito que Daniel Alves deixou no jogo contra a Croácia. Só quem parecia alheio ao clima inflamado era Fred. O 9 estava, literalmente, fora de jogo. A provar, seus três impedimentos em 21 minutos.

Neymar bem que tentou mas parou nas defesas do arqueiro mexicano. Foto:AFP

As divididas e rangeres de dentes só começaram a aliviar com Neymar pondo em risco seu novo penteado aos 25. Daniel Alves cruzou da direita e o camisa 10 ignorou os oito centímetros que os separam de Rafa Márquez. Foi um palmo acima do veterano e mandou a bola no canto direito, a meia altura. Mais espetáculo ainda fez Ochoa ao espalmar a pelota na última hora. O chip da bola mostrou que ela estava exatamente na linha fatal.

A partir daí o Brasil adotou uma tática diferente: chamar a seleção tricolor - eles são conhecidos assim apesar do uniforme rubro-negro de hoje - para tentar uma brecha. Sim, houve um pouco mais de espaço mas o México apareceu mais perto de Thiago Silva e David Luiz. E o Brasil, ao menos tentou arriscar algum chute pois até isso estava difícil. Faltava velocidade para transitar entre defesa e ataque. No finzinho, aos 43, Thiago Silva tocou de peito para Paulinho carimbar Ochoa.

Recomeça o jogo e Felipão tenta dar mais alegria ao time com Bernard no lugar de Ramires. Mas a cara amarrada não saía da cabeça dos jogadores brasileiros. Justamente quando tinha dois atacantes abertos dos dois lados, o jogo espremia-se pelo meio. Fred, estático na frente, a ver navios. Quem usava o meio com inteligência era o México. Guardado e Herrera apareciam toda hora nas costas de Paulinho e Luiz Gustavo. E tome chute de fora da área. Pelos lados e por cima.

Ao final do jogo, brasileiros lamentaram o empate devido ao número de gols perdidos.Foto:AFP

As coisas começaram a mudar quando Daniel e Marcelo avançaram simultaneamente. O México enterrou-se lá atrás esperando que os deuses do futebol maltratassem o time que estava buscando o gol incessantemente. Aos 23, quase na mesma posição da cabeçada do primeiro tempo, Neymar recebeu no peito. Aparou e mandou a canhota, que explodiu na perna esquerda de Ochoa.

Apenas um minuto depois, Oscar caiu pela direita e cruzou para Paulinho, de frente para o crime. Mas David Luiz apareceu para bater a carteira do companheiro e ainda furou a bola. No sentido figurado, claro. Vendo o espaço lá atrás, Miguel Herrera pôs fôlego novo para tentar surpreender os brasileiros. E eles começaram a tocar a bola perigosamente no meio mas sem conseguir finalizar.

Quem voltou a finalizar na reta final foi o Brasil, que a essa altura já tinha William no lugar de Oscar. Aos 40, Neymar, já uma pálida sombra do jogador do primeiro tempo, bateu falta na área e o capitão Thiago Silva subiu livre para cabecear, sabe onde? Em cima de Ochoa, o milagreiro de 17 de junho. Jogo tenso tende a virar dramático no fim. E para os dois lados. O México resolveu dar ares de Uruguai nos minutos finais e Guardado começou o período de sustos aos 44. Acertou a parte superior da rede. Pior fez Jimenez, que pasou meia hora livre pedindo a bola até receber e chutar cruzado. Julio Cesar, que só vira a bola passar pelos lados, teve que trabalhar mais duro aos 45.

Ochoa voa bonito para defender a cabeçada de Thiago Silva. Foto:AFP

Ficha do jogo:

Brasil: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho; Ramires (Bernard) e Oscar (William); Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

México: Ochoa; Aguilar, Rodriguez, Rafa Marquez e Moreno; Layun, Vazquez, Herrera e Guardado; Dos Santos e Peralta (Chicharito). Técnico: Miguel Herrera.

Local: Arena Castelão, Fortaleza (CE). Árbitro: Bahattin Duran (Túrquia). Auxiliares: Tarik Orgun e Svein Oddvar Moen (Ambos da Túrquia). Cartões amarelos: Ramires e Thiago Silva.
Do NE10

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