Fragmentos de óleo foram encontrados na Ilha de Itapessoca, em Goiana, Litoral Norte de Pernambuco, nesta terça-feira (29) — Foto: Reprodução/WhatsApp |
Fragmentos foram localizados na Ilha de Itapessoca, segundo prefeitura. Esse é o 1º registro na cidade desde que a substância voltou a aparecer em Pernambuco.
O óleo que vem atingindo o litoral pernambucano voltou a aparecer no município de Goiana, nesta terça-feira (29). Fragmentos da substância foram localizados na Ilha de Itapessoca, próxima às praias de Barra de Catuama e Ponta de Pedras, segundo o secretário de Meio Ambiente do município, Jorge Oliveira.
Duas praias da cidade tiveram registro da substância no dia 7 de setembro - Ponta de Pedras e Barra de Catuama, segundo relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). Desde que as manchas voltaram a aparecer no estado, no dia 17 de outubro, é a primeira vez que as equipes localizam em Goiana.
Oliveira explicou que a substância foi localizada por uma equipe da Companhia Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH). "A ilha é vizinha a Itamaracá [também no Litoral Norte]. Imaginávamos que o óleo podia chegar por lá. São fragmentos pequenos. Já mobilizamos voluntários e vamos aproveitar a maré baixa para fazer a limpeza da Ilha de Itapessoca", afirmou.
As praias e o litoral de Goiana vinham sendo monitorados com apoio de helicópteros, barcos e equipes em terra, apontou o secretário. "Vamos analisar a necessidade de colocar barreiras físicas para proteger a foz dos rios que temos na região", disse Oliveira.Mais cedo, também foram registrados novos fragmentos em Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Segundo a prefeitura, o local foi limpo logo após o reaparecimento da substância.
Em 12 dias, foram recolhidas 1.500 toneladas de óleo em praias de Pernambuco, segundo balanço do governo estadual. Desde setembro, 13 cidades pernambucanas foram afetadas pelo desastre ambiental.
Uma instrução normativa do governo federal estabeleceu períodos adicionais de restrições à pesca, o chamado "defeso", devido à "grave situação ambiental" decorrente do aparecimento de manchas de petróleo no litoral do Nordeste. A medida, publicada nesta terça-feira (29), estabeleceu que o período de defeso começa na sexta-feira (1º).As autoridades brasileiras ainda não conseguiram esclarecer o que levou ao surgimento do petróleo no litoral. Uma reportagem do G1 desta terça aponta que existe um protocolo internacional para limpeza de óleo nas praias, com alertas para quatro situações enfrentadas no Nordeste.
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