A montadora Fiat fará o
reaproveitamento de 99% da água utilizada na produção. Trata-se de um fator
inovador no mundo em produção automotiva. “O grande complexo industrial vai
contar com uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), projetada para tratar
efluentes domésticos, oleosos e industriais da unidade industrial e produzir
uma água que será de reuso e que deverá atender aos parâmetros fixados pela
Fiat”, disse o diretor de Relações Industriais da Fiat, Adauto Duarte.
O assunto foi um dos destaques do
Estudo e Relatório de Impacto (EIA/Rima) da fábrica da Fiat, apresentado ontem,
em Goiana, na Audiência Pública promovida pela Agência Estadual de Meio
Ambiente para gestores de Estado, diretores da montadora e sociedade
civil. Segundo a diretora técnica do Pires advogados e consultoria, empresa
responsável pela execução do EIA/Rima, Flávia Reis, a unidade de tratamento de
efluentes é fator bastante positivo para o projeto. “A ETE vai operar
continuamente, 24 horas por dia, sete dias por semana, para que a água seja
usada da melhor maneira possível. E é importante que o formato, de fato, seja
constituído pela montadora na implantação da planta industrial“,
ressaltou.
Segundo o estudo, os métodos de
tratamento da água se dividem basicamente em três grupos: os métodos físicos,
para remoção de sólidos flutuantes de dimensões relativamente grandes, de
sólidos em suspensão, areias, óleos e gorduras. Para essa finalidade, são
utilizadas grades, peneiras simples ou rotativas, caixas de areia ou tanques de
remoção de óleos e graxas, decantadores, filtros de areia, entre outros. O
segundo método é o físico-químico, para remover cor e turbidez, odor,
metais pesados, óleos e, principalmente, material coloidal. Além disso, os
reagentes químicos utilizados nestes processos têm o objetivo de neutralizar
ácidos ou álcalis. Já o último método, biológico, tem função de remover os
compostos orgânicos biodegradáveis, e usa vários grupos de microrganismos.
Deverá ser prevista, ainda, uma unidade de osmose reversa, que promoverá uma
redução significativa de condutividade do efluente e a adequação de outros
parâmetros, permitindo o seu reuso em algumas atividades industriais.
Com informações da FolhaPE
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