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Todo mundo usa, mas poucas pessoas limpam o aparelho; por isso, o local é ideal para proliferação de microorganismos que podem causar diarréia, micoses e até infecções

FONTE: Redação do pe360graus.com
Reprodução / TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo
É difícil encontrar alguém que não tenha um celular. O que quase ninguém desconfia é que o aparelhinho tão cobiçado pode ser também um esconderijo perfeito para bactérias e fungos - inimigos invisíveis que podem causar uma série de problemas à saúde.

De acordo com o professor do Departamento de Micologia da UFPE , Armando Marsden (foto 3), os microorganismos das mãos passam para o celular e, dificilmente, as pessoas limpam seus aparelhos. “No caso dos fungos, podem causar as micoses. Nos casos das bactérias causam as infecções bacterianas. Já vi um trabalho onde já foram detectados até coliformes fecais em superfícies de celulares. Isso é um perigo muito grande”, alerta.

A equipe de reportagem acompanhou o pesquisador e especialista em fungos ao Mercado de Casa Amarela, para conferir a sujeira e o nível de contaminação dos celulares.  O vendedor de inhame Diogo Ribeiro da Silva, de 18 anos, é um dos voluntários. Ele tem dois celulares - cada um mais cheio de poeira do que o outro. E admite: “Não limpo, não. Pego, uso, pronto”.

A outra voluntária é a vendedora Lena Ferreira, que trabalha numa óptica.  Ela também confessa que não limpa seu celular e nunca pensou nisso. Segundo Armando Marsden, as bactérias ficam alojadas mais nas teclas, onde as pessoas põem o dedo. “Às vezes, também ficam nas paredes, onde o suor da mão faz uma camada gordurosa. Aí as bactérias e fungos podem aderir”, explica.

O material coletado foi levado para o laboratório de Micologia Médica, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco. Com a ajuda de microscópios, os pesquisadores podem identificar os fungos e as bactérias que não dá pra ver a olho nu. O resultado foi a maior sujeira.

Os exames mais detalhados mostraram que os celulares do Diogo e da Lena estavam infestados de fungos e bactérias. No caso do Diogo, além dos fungos, o que mais chamou a atenção foram as duas bactérias presentes nos coliformes fecais e que podem causar diarreia: Entrobacter sp e Escherichia coli. “Tanto a pessoa que está manuseando como outra pessoa que está em contato pode transmitir bactérias, vírus, etc”, diz o especialista. 

No celular da Lena também foram encontrados dois tipos de fungos - Aspergillus sp  e Cladosporium sp  - e uma bactéria, a Corynebacterium sp. “Tem os bacilos difteróides que podem provocar difteria, uma infecção bacteriana.... Em adulto é mais raro, mas em criança é muito perigoso”, diz.

Alguns hábitos podem reduzir consideravelmente o risco de contaminação, como evitar emprestar celular, não levá-lo para o banheiro, nem colocá-lo na mesa durante as refeições: “Deve haver uma educação maior no manuseio do celular. O ideal seria passar um pano úmido e depois um mais seco, todos os dias, para evitar a contaminação”.

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