Família foi reconhecer corpo no necrotério e viu que ela estava viva.
Médico que atestou óbito pediu demissão e uma enfermeira foi demitida.
A Secretaria estadual de Saúde informou que abriu uma sindicância para apurar o caso de uma paciente que foi dada como morta no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Rosa Celelestrino Assis, de 60 anos, foi levada para a emergência da unidade, na manhã de sexta-feira (23), com diagnóstico de infecção pulmonar.
Segundo a direção do hospital, a paciente já havia sofrido dois derrames e chegou respirando com a ajuda de aparelhos. Às 19h20, a enfermeira da emergência teria chamado o médico de plantão porque a paciente não apresentava mais sinais de vida. O médico, então, teria feito alguns testes e assinado no prontuário do hospital que ela havia morrido. Com base neste prontuário, o chefe do plantão emitiu uma declaração de óbito e a mulher foi levada para o necrotério do hospital. Apenas às 22h, enquanto fazia o reconhecimento do corpo, foi que a família percebeu que ela estava viva. A paciente está internada no CTI do hospital.
“Ela fez algum tipo de movimento e imediatamente foi levada para um Centro de Terapia Intensiva, entubada novamente e colocada no respirador", disse o diretor do hospital, Manoel Moreira Filho.
"Você pegar uma pessoa que você conhece, que te botou no mundo, minha mãe, e ela estar dentro da gaveta de um hospital no gelo, gelada, sei lá, e você abrir e a pessoa está respirando...", desabafou a filha Rosângela Celestrino.
Segundo a direção do hospital, o médico que atestou o óbito pediu demissão e a enfermeira foi demitida.
De acordo com a polícia, se for comprovada a negligência, os responsáveis podem ser autuados por lesão corporal ou, se a paciente morrer, por homicídio.
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