Colocar na estratosfera, a 20 mil
metros do solo, vários balões com antenas que se conectam com outras antenas
instaladas na terra para permitir o acesso à internet em lugares remotos.
Parece ficção científica, mas trata-se do Projeto Loon, do Google, que o MundoBit já anunciou. Desde então, a pesquisa vem
avançando, como informou a Agência EFE.
A agência citou Sameera Ponda,
uma jovem engenheira chilena que faz parte da iniciativa do Google para tornar
realidade o sonho de um mundo totalmente conectado. De acordo com ela, o
objetivo do projeto é fazer com que os milhões de pessoas que ainda não têm
acesso à internet possam “se beneficiar do progresso” trazido pela tecnologia.
O Projeto Loon ainda está em fase
experimental e não há previsão de quando ele será concretizado, mas a
engenheira garante que a equipe responsável pela iniciativa vem avançando
“muitíssimo”. O lançamento oficial do projeto aconteceu com um teste piloto na
Nova Zelândia, no qual foram lançados cerca de 30 balões e 50 moradores da
região atuaram como controladores. Seis dos globos foram lançados ao mesmo
tempo e conseguiram ficar conectados entre si.
A companhia está planejando outro
teste do tipo para o próximo ano, saindo da Califórnia, nos Estados Unidos.
Atualmente, os balões estão sendo feitos em polietileno, um tipo de plástico,
mas outros materiais estão sendo testados com o objetivo de produzir balões
mais duráveis e econômicos e com maior capacidade de manobra.
Os balões atuais pesam cerca de
85 quilos e incluem equipamentos como antena, sistemas que controlam a
navegação, painéis solares, aquecedores e um paraquedas. Eles são preenchidos
com hélio na parte de cima e ar na de baixo. Uma bomba permite deixar o ar
entrar ou sair conforme necessário para regular a altura.Cada balão permitiria
cobrir uma área de 40 quilômetros e prestar um serviço de internet com uma
velocidade de conexão de 3G. A ideia não é que a tecnologia substitua as já
existentes para acesso à internet, mas segundo a engenheira citada pela EFE, os
balões são mais baratos que satélites, além de poderem ser usados se as redes
em terra forem afetadas devido a desastres naturais.
[Com informações da
Agência EFE]
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