Desde o início do
ano letivo que a Prefeitura vem, por meio da Secretaria de Educação,
conversando com a representação sindical dos professores sobre a situação
difícil por que passa a grande maioria dos Municípios do Estado de Pernambuco e
do Brasil. Fomos então surpreendidos com a decisão dos professores em trabalhar
apenas meio expediente. Decisão que foi mantida por cerca de 22 (vinte e dois
dias), prejudicando os estudantes na sua aprendizagem, vindo, posteriormente, a
deflagrar uma greve sem que o processo de negociação tivesse sido concluído.
Tudo isso poderia ser considerado legítimo e justo se, do lado do Governo
municipal, através de seus representantes, houvesse negativa em receber o
Sindicato e omitindo os dados de receita do Município. A proposta apresentada
pelo Governo (garantir que nenhum professor ganhe menos que o valor do Piso
Salarial Profissional Nacional em 2016) representa a real condição financeira
da Prefeitura e, sobretudo, uma demonstração de que esta gestão tem
responsabilidade com os compromissos assumidos para o atendimento das
necessidades da população em todos os setores da sociedade. Este compromisso e
esta responsabilidade não se evidenciaram no ano de 2012, quando medidas para
cumprimento do Piso e desenvolvimento na Carreira foram tomadas sem nenhuma
projeção financeira para se garantir o que estava sendo definido. Tanto foi
assim, que o próprio gestor à época não cumpriu o prometido, deixando de pagar
os meses de novembro e dezembro de 2012, dívida paga pela atual gestão.
Certamente, o que
ocorreu em 2012 foi motivado por ser final de uma administração, onde as
promessas impossíveis são feitas por quem não tem compromisso com o povo.
Apesar de tantas
dificuldades que são parte de uma conjuntura nacional, nossa intenção é sempre
agir com responsabilidade. Nosso propósito é, acima de tudo, e diante da crise
econômica, envidar esforços para garantir que os servidores recebam seus
salários e, particularmente, os professores, até o 5º dia útil de cada mês.
A referida crise
econômica tem levado o Município a arrecadar menos que no ano passado. Basta
comparar o 1º quadrimestre de 2016 com o mesmo período de 2015 para verificar
que a receita corrente líquida (soma de todos os recursos recebido pelo
município) reduziu em, aproximadamente, 21%.
Tudo isso nos leva a
crer que é desnecessário todo este movimento radicalizado organizado pelo
Sindicato, com invasão e depredação de prédios públicos, quando se deveria
primar pelo bom senso e por melhores dias para a cidade de Goiana.
Fica aqui, mais uma
vez, a solicitação para que as aulas sejam normalizadas, contribuindo para
diminuir o tamanho do prejuízo que, com certeza é irrecuperável. Os dias
parados podem, até, ser compensados. No entanto, o conteúdo não dado, jamais
será resgatado na sua plenitude. Reduzindo, assim, a capacidade dos nossos
estudantes de enfrentarem as avaliações internas e externas na sua trajetória
educacional.
Goiana, 06 de junho
de 2016.
Horácio Francisco
dos Reis Filho Secretário de Educação e Inovação, Frederico Gadelha Malta de Moura Júnior
Prefeito de Goiana
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