A procissão do Carrego da Lenha é uma tradição Quilombola que relembra o
martírio de São Lourenço, padroeiro da comunidade de Povoação de São Lourenço
em Goiana-PE, que foi queimado vivo.
De acordo com
relatos populares, a procissão de São Lourenço acontece a mais de 400
anos,quando a localidade ainda pertencia ao Sr. Olavo Maranhão e fazia parte do
engenho Megaó de Baixo, do primeiro distrito de Goiana, Tejucupapo.
Em pagamento de uma
promessa a São Lourenço, o Senhor Olavo fez a doação da área, que ficou
sob a responsabilidade do pároco o Cônego Fernando Passos, de acordo com
o costume da época.
Havia poucos moradores, mas logo depois, da doação iniciou-se a construção da igreja matriz, que é uma das igrejas mais antigas do Brasil, datada de 1555. Isso atraiu mais moradores e logo recebeu o apelido de são Lourenço.
Havia poucos moradores, mas logo depois, da doação iniciou-se a construção da igreja matriz, que é uma das igrejas mais antigas do Brasil, datada de 1555. Isso atraiu mais moradores e logo recebeu o apelido de são Lourenço.
A população da
Povoação de São Lourenço, que é remanescente de quilombola, tem uma grande
devoção pelo seu padroeiro, anualmente é promovida grande festa, onde acontece
o CARREGO DA LENHA, também conhecida como a “procissão da lenha”, onde todos os
anos, sempre pela manha, acontecendo à missa do dia do padroeiro, toda
comunidade acompanha a bandeira carregando pedaços de madeira, galhos secos,
embalados por uma banda musical executando acordes melódicos do ritmo do coco
de roda e assim caminham por toda a comunidade, e fidam o percurso na frente da
matriz onde depositam a lenha para oito dias após o termino dos festejos ser realizada
a queima da fogueira, simbolizando assim o momento de aflição que o mártir
passou por defender o povo cristão.
São Lourenço, foi
amarrado e uma grelha e queimado vivo, não gritou, nem gemeu e sim louvou a
Deus enquanto era consumido pelas chamas.
São Lourenço era Diácono da Igreja Romana e morreu mártir na perseguição de Valeriano, quatro dias depois do Papa Cisto II e seus companheiros, os quatro Diáconos Romanos, no séc. IV da era Cristã.
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