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                                             1501- PONTA DE PEDRAS - 2020
Ponta de Pedras, uma das mais belas praias do Litoral Norte de Pernambuco, trouxe até nossos dias, atravessando os séculos, o ambiente paisagístico, típico das antigas praias pernambucanas, onde ainda coexistem o coqueiral e alguns cajueiros nativos, mas que o processo de urbanização os vem devastando e descaracterizando-a.

Descoberta em 18 de Agosto 1501pela expedição Portuguesa, comandada pelo piloto Gaspar de Lemos e na qual, também, tomava parte o navegante Américo Vespúcio, a ponta das Pedras - que deu nome à localidade – ocupa posição de destaque no litoral Pernambucano, sendo o Principal Acidente Geográfico do Estado por ser o seu Ponto Extremo leste e o segundo das Américas no Oceano Atlântico, tendo como coordenadas Geográficas 7° 37’ 50’ Latitude S e 34° de longitude W.Gr.

O documento oficial que se conhece como determinante da fundação do núcleo populacional que se transformou na atual sede do distrito de Ponta de Pedras, assinala o ano de 1589. Refere-se a uma missão, fundada pelo missionário Frei Antonio de Campo Maior com nativos da tribo dos tabajaras, do grupo Tupiniquins, da nação tupi. Como vimos, chegamos conclusão de que, a exemplo das outras regiões do litoral brasileiro, quando da passagem da primeira expedição marítima portuguesa , em 1501, a região já era habitada pelos nativos. 

Com a divisão do Brasil em Capitanias , em 1534, a região de Ponta de Peras estava incluída no lote de Itamaracá, doado a Pero Lopes de Souza. Com a invasão holandesa, seu litoral serviu de palco para uma grande batalha naval, entre as esquadras espano-portuguesa, contra holandesa, no dia 12 de janeiro de 1640. Somente, no ano de 1840 é que Ponta de Pedras foi incorporada no território de Goiana quando esta (Goiana) foi elevada a categoria de cidade e suprimida a vila de Itamaracá (incorporada ao território de Igarassu).

O distrito de Ponta de Pedras, foi criado em 1912, por lei Municipal de Goiana, ficando sua sede (a vila de Ponta de Pedras) a 72 Km da capital estadual e a 36 Km da sede do município do qual faz parte, totalizando uma orla marítima de quase 14 km. Atualmente o distrito de Ponta de Pedras está composto por outros núcleos populacionais – Catuama, Barra de Catuama, Ponta de pedras, Tabatinga Massaranduba e Carne de Vaca. 

Observando o exposto, podemos afirmar que o nome da localidade originou-se do acidente geográfico – a ponta das Pedras, isto é, um pequeno cabo (formado de Pedras) que avança pelo mar e não por existir pedras pontiagudas como alguns cogitam. 

Com Relação à denominação Pontas de Pedra, a mudança ocorreu devido ao decreto estadual de nº932, de 31 de Dezembro de 1943, obedecendo a solicitação de um Congresso de Geografia, no qual não poderia haver duas comunidades brasileiras com o mesmo nome. Existe no esta do Pará na (Ilha de Marajó) uma cidade com o mesmo nome – Ponta de Pedras. A prioridade do nome ficava com a que tivesse mais antiguidade e maior estatuo. A pesar de  a nossa Ponta de Peras ser mais antiga (1501 e 1589) era vila. A do Pará, sendo de 1737, era uma cidade. Foi então que cogitando o Nemo de Itaraca (Pedra pontiaguda ), mas a população não aceitou. Com solução, tirou-se o “S”, das Pedras e colocaram-no na palavra Ponta. 

Desde 1957 que Ponta de Pedras tenta sua emancipação política. Vários projetos, alguns meramente políticos, já foram apresentados na Assembleia Legislativa.
Neste ano da aprovação, outras localidades emancipada e muito menores continuam, até hoje progressistas, como Itaquitinga e Condado.

Álvaro Mello

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