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Presos na Operação Spectrums são levados à sede do GOE, no Recife (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)


Envolvidos no esquema chegaram a receber até R$ 60 mil por mês. Operação Spectrums ocorreu sexta (12), em Pernambuco e na Paraíba.

Depois de deflagrar na sexta-feira (12) uma operação para desarticular um grupo suspeito de desviar dinheiro público em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a Polícia Civil informou, nesta segunda (15), que pelo menos R$ 2,5 milhões foram repassados para contas de funcionários fantasmas. Ainda de acordo com a corporação, parentes e amigos do responsável pelo desvio, o administrador da folha de pagamento do município, também eram beneficiados com salários mensais de até R$ 60 mil.

Até agora, a Polícia solicitou a prisão temporária do indivíduo. Na sexta (12), cinco outras pessoas também foram presas, totalizando três homens e três mulheres detidos. A operação aconteceu simultaneamente em Goiana e em João Pessoa, na Paraíba, onde foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. O delegado Tiago Uchôa, responsável pelas investigações da Operação Spectrums, afirmou que a corporação ainda apura o número total de pessoas envolvidas no esquema. “Estamos apurando quantas pessoas se beneficiaram ao todo. Sabemos que algumas das contas são de funcionários fantasmas, mas outras pessoas têm contrato com a prefeitura do município. Os parentes do administrador da folha também receberam valores”, comenta.

Ainda segundo Uchôa, o esquema foi descoberto por meio de denúncia recebida pelo Ministério Público em Goiana“Quando eles encontraram uma irregularidade, pediram ajuda da Polícia”, explica. Em alguns casos, a quantia repassada a amigos e familiares chegava a R$ 60 mil por mês. “Os créditos eram depositados em dias diferentes, mas somando todas as quantias foi possível chegar a esse valor”, diz o delegado.

Depois das ouvidas, a polícia também investiga o material apreendido na última sexta (12). Tablets, computadores documentos e smartphones já passaram por análise e levaram a corporação a crer que a esposa, a sogra, a mãe, os irmãos, primos e algumas amigas do administrador também eram beneficiados pelo desvio de dinheiro.

A operação investiga desvio de dinheiro da folha de pagamento dos servidores municipais entre os anos de 2009 e 2012, na gestão do ex prefeito Henrique Fenelon (PC do B) naquela época.

A Polícia ainda investiga se o administrador da folha de pagamento do município é o chefe do esquema ou se tinha as ações coordenadas por outro indivíduo. “Ainda assim, há elementos que podem nos levar a pedir a prisão preventiva dele”, explica, citando os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.


Fonte: G1

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